Arquivo mensal: junho 2015

Milho Verde Milho… Verde. E São Gonçalo e Diamantina… Circuito dos Diamantes

Alguma coisa há tempos chamava pra esse lugar… Não sei se o nome simpático, se a voz da Gal cantando aos ouvidos… Voz essa que tentamos ouvir quando chegávamos, mas não deu… A situação sonora tava difícil pra nosotras.. tadinhas! Viajeiras de estrada sem som na Kombi não dá!!! (Mas em Diamantina nosso problema foi resolvido e agora podemos outra vez cantar de felicidade com os ventos dessas lindas estradas da vida). Bem, como não conseguimos achar a música no pendrive que escutaríamos na mini caixinha de som portátil, cantamos nós mesmas… MILHO VERDE MILHOOO VERDEEEEE ÓÓÓ MILHO VERDE MILHOOO VERDEE….

E ressonando com o mantra, antes de chegarmos na cidadezinha aparece a placa: Cachoeira do Carijó… Uhuulll, bora nóis!!! Delícia de banho depois da viagem, ali na cachoeira encontramos o Thomas, que a Luiza tinha conhecido da outra vez que viajou pra lá. Prazer conhecer… depois visitamos sua casinha com quintalzão.. Ganhamos abacate, citronela, moranguinhos silvestres e almoçamos macarrão e taioba refogada.. hummm… e o queijo do Serro? Ô Delícia!! Mió queijo minas que tem, comam quando puderem!! É mais curadinho, e cremoso por dentro.. ai ai, saudades já!

Assim que chegamos em Milho Verde e estávamos em cima da pitangueira catando as milhares de pitangas roxinhas que viraram geléia, suco, drink, passou o Anjinho… o anjinho que a Luiza também tinha conhecido da outra vez que foi e que nos hospedou durante as duas semanas que ficamos por lá. Ele é dono do Bambuzinho, bar gostosinho que fica do lado da casa e onde jogamos milhares de partidas de sinuca, que por sinal estamos ficando craques, hehe.

Milho Verde é muito lindo, mais uma cidadezinha da deslumbrante Serra do Espinhaço, que vai da Serra do Cipó até a Chapada Diamantina. É a mais antiga cordilheira da América, se formou quando o nosso continente se separou (fisicamente) da África… Por isso é cheia de diamantes. E foi nessa região que se formaram os maiores centros urbanos na época da mineração.

Ficamos duas semanas no povoado. Fomos nas cachoeiras, pintamos de roxo o painel, onde vamos agora pintar o universo da Cosmokombi, e fizemos o altar onde nos guiam Iemanjá, Buda, Ganesh, Cristais, Duendes, etc, etc, etc. As boas energias são bem vindas de todas as direções e dimensões que venham!! Catamos também por lá muita laranja e mexirica puro mel e limão galego, que por aqui chamam de limão capeta. Aqui é o paraíso dos cítricos! Vai ser duro desacostumar dos sucões matinais de mexirica…

Por lá fizemos também sessão de cinema, passamos o ‘’Estrada Real da Cachaça” do Pedro Urano. Um trecho do filme foi gravado lá, e foi lindo o pessoal gritando: Olha a Dona Fulana, olha a Dona Cicrana… Teve um que emocionado e sob efeito da bendita cachaça não se conteve e desde que ela apareceu no filme até o final ele gritava: “Dona Jandira eu te amo!!!!!” Hahaha, foi linda a sessão, a mais cheia até agora. Foi do lado da igrejinha que aparece na capa do “Caçador de Mim”, do Milton. Só faltou ele por lá…

Bem, depois de nos abastecermos dos cítricos no Oásis atrás do bar do Adir seguimos pra São Gonçalo do Rio das Pedras, outro lugar mágico e místico que já tínhamos muito ouvido falar…

O lugar tem realmente uma energia muito especial. Não é a toa que estão por lá a Escola de Espagiria, que nos recomendaram e que queríamos muito conhecer. Doido dimaaais!!! É um estudo de alquimia profunda que trabalha o enxofre, mercúrio e sal das plantas; o óleo essencial, o álcool e o carbonato de potássio; ânima, espírito e corpo. Muitos cristais, vidrarias loucas e uma onda de magia que tem tudo a ver com a gente. Inclusive nesse momento que estávamos lá estava tendo o curso que só tem uma vez por ano e que queremos muito fazer. Mas não era a hora… Não teríamos lugar e nem dinheiro para ter os equipamentos na Kombi, e o ideal é começar a praticar assim que terminado o curso, é muita informação e não adianta ficar só na teoria… Fica pro futuro, voltaremos!!

Um outro lugar encantado que tem por lá é a FUNIVALE, um centro muito especial que trabalha com plantas medicinais, beneficiamento de sementes e uma horta maravilhosa. Ficamos hospedadas na casa que eles recebem os voluntários. Foi uma delícia ficar por lá, ficamos confortáveis, tínhamos uma vista maravilhosa e muita gente legal que passou e pudemos trocar bastante.

Chegamos em São Gonçalo numa quarta, o dia em que fazem atendimentos para a comunidade na FUNIVALE. Fomos atendidas pelo Marcos Guião, gente boa demais e que sabe muito muito das plantinhas poderosas medicinais. Foram ótimas as consultas, e além do mais é de graça e já saímos de lá com as medicinas que fazem na hora cheias de amor. Massaroca!

Ficamos lá, trabalhando e aprendendo na horta da FUNIVALE e logo soubemos que na semana seguinte teria um curso de “Beneficiamento de Plantas Medicinais” com o Marcos Guião. Seria pelo SENAR, um SENAI do campo… 5 dias, 40h e de graça! Ô perfeição cósmica, é nóis!!!! Fizemos o curso, foi maravilhoso, aprendemos a fazer tintura das plantas, gel, pomada, aprendemos um pouco sobre homeopatia, radiestesia, além de conhecer e saber o poder medicinal de várias plantas e trocar com o pessoal massa que tava fazendo também o curso… Foi demais! Perfeito pra nós que vamos por aí tendo um contato muito próximo com essas medicinas naturais e vamos poder trabalhá-las, fazer remedinhos, cosméticos, alimentos, e espalhar por aí! =D

Na semana seguinte trabalhamos os dois períodos por dia pra “pagar” os dias da semana que ficamos fazendo o curso. Foi ótimo também, seguimos aprendendo na horta, ajudamos na construção da casa do Euro e da Mayan, pisamos o barro e fizemos tijolos, uma delícia!

Lá em São Gonçalo treinei, eu Clara, capoeira com o Alê e o Índio, que além de mestre da Espagiria é também mestre da capoeira de Angola… Bão dimais. E como não poderia faltar, fizemos também sessão de cinema na parede da igreja do Rosário (além das caseiras na FUNIVALE). Passamos o filme “O Padre e a Moça” de 1965 do Joaquim Pedro de Andrade. Ele foi filmado lá em São Gonçalo, e mais uma vez o povo se reconheceu, mas pelo menos que tenhamos ficado sabendo, já não tinha mais ninguém por lá ainda vivo que tivesse aparecido no filme… Mas disseram que foi bom pra relembrar e matar as saudades!

No dia seguinte seguimos rumo a Diamantina. As cidades “grandes” nos ajudam a repor nossos materiais dos trampos, a vendê-los também, resolver pendências e, claro, ir no mecânico porque tem sempre algum curativo que temos que fazer na Cosmo… heheh
E a Bebela, dona do bar Meio Tom foi quem nos acolheu em sua casa, gratidão pelo cuidado e carinho!!! Família linda!
As meninas Luiza e Fernanda que ficaram por lá mais tempo, eu vim pegar meu diploma da faculdade e visitar os queridos mamãe e papai e família e amigos, fiquei 2 semanas fora e depois de amanhã volto pra minha família cósmica que já to cheia de saudade de dormir apertadinha na Cosmokombi… e aaaaiiii que saudade dela! Já volto filha mãe amiga irmã amor amoressssssss………………….

E as fotos logo mais eu posto, ta lá no HD com as chicas.

As páginas dos amigos:

Bambuzinho https://www.facebook.com/barbambuzinho?fref=ts

FUNIVALE https://www.facebook.com/funivale.valedojequitinhonha?fref=ts

http://www.naturezadosertao.com.br/

Bar Meio Tom https://www.facebook.com/pages/Bar-e-Restaurante-Meio-Tom/1438805816339548?fref=ts